Sabe aquele copo plástico que você encontra jogado na rua? Pois então, se ninguém recolher, ele vai permanecer lá por mais de 400 anos. É por isso que os esforços para a reciclagem são necessários, mas, afinal, eles estão surtindo efeito?
Quanto reciclamos?
Os dados do último Diagnóstico de Manejo de Resíduos Sólidos Urbanos do Brasil revelam que nosso país gera mais de 80 milhões de toneladas de lixo todos os anos e recicla menos de 4%. A última edição do Panorama dos Resíduos Sólidos, publicado recentemente pela Abrelpe, indica que um quarto das cidades brasileiras não tem coleta seletiva, o que dificulta (ou até impossibilita) uma futura reciclagem.
Este problema, porém, não é algo específico do Brasil. Nos EUA, em 2021, apenas 5% dos resíduos plásticos descartados foram reciclados e este número está diminuindo. Dados do Greenpeace mostram que em 2018, essa reciclagem tinha um índice de 8,7%, e, em 2014 era 9,5%, o pico registrado no país.
Quando o plástico surgiu?
Em 1863, John Wesley Hyatt, ficou conhecido por ter simplificado o processo de produção de celulóide, chamado de primeiro plástico industrial. Este experimento gerou uma liga forte e moldável que começou a ser usada em bolas de bilhar e logo se espalhou para outras áreas.
Em 1909 foi a vez do químico belga Leo Baekeland, considerado o pai da indústria do plástico, criar o primeiro plástico totalmente sintético e em escala comercial: a baquelite ou resina fenólica, dura, rígida e resistente ao calor após ser moldada. Depois disso, os cientistas evoluíram bastante na área, principalmente com a popularização do petróleo, que começou a substituir diversos materiais naturais.
Não é fácil reciclar plástico!
Papel e metal são materiais com índices de reciclagens maiores do que plástico. Isto porque nem todos os plásticos são recicláveis. Mesmo os tipos mais reaproveitados (PET e HDPE) não alcançam a taxa mínima de 30%, segundo um índice estipulado pela Fundação Ellen MacArthur, para entrarem no processo. Apenas 20,9% de PET e 10,3% de HDPE são recicláveis. Por sua vez, os demais polímeros plásticos não alcançam nem 5%. A reciclagem de plásticos enfrenta vários problemas: a dificuldade de separar cada tipo, o excesso de resíduos contaminantes e o alto custo para reciclar.
Desde o surgimento da pandemia de Covid-19, mesmo garrafas de bebidas feitas de plástico reciclado, o tipo mais reciclado, se tornaram menos viáveis. O plástico reciclado para produzí-las está 83% a 93% mais caro que uma garrafa nova, segundo dado da Independent Commodity Intelligence Services (ICIS).
Separo o lixo, então fiz minha parte?
Mesmo que você separe os plásticos em casa, há uma grande chance de eles acabarem nos aterros sanitários do mesmo jeito. Isso não significa que não adianta nada separar o lixo. O que precisa acontecer são novas técnicas para facilitar a reciclagem dos diferentes tipos de materiais, assim como baratear este custo.
Outra alternativa é repensar o uso do plástico e para qual fim estamos produzindo tanto de um material que dura centenas de anos no meio ambiente. O plástico não é o vilão da história da sustentabilidade, pois ele é uma alternativa resistente para produtos que precisamos que durem mais tempo, como, por exemplo, produtos que podemos reutilizar.
Agora, para produtos de uso único, onde "jogamos fora" imediatamente após o uso, não há necessidade de usar um material como plástico. As embalagens de delivery são um exemplo disso, assim como aquele copo plástico que você usou uma vez e encontrou no meio da rua jogado. Para essa alternativa, existem as embalagens feitas 100% de plantas, como as da Terraw.
Embalagens sustentáveis
O material que acreditamos ser a melhor solução para substituir o plástico de uso único é a fibra de plantas, como a palha de trigo. Por ser composta de insumos naturais, esses produtos são biodegradáveis e compostáveis, sendo condizente com a utilização de uso único. Além disso, embalagens feitas de palha de trigo também podem ser compostadas em um composteira doméstica, facilitando a logística do resíduo pós-consumo. Com o descarte correto, as substâncias do produto voltam para a terra em forma de adubo orgânico, completando o ciclo e nutrindo essa terra para um novo ciclo produtivo, conforme os princípios da economia circular.
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