Segundo a Abrelpe, apenas 4% dos resíduos sólidos do Brasil são destinados para a reciclagem. Infelizmente, o restante acaba indo para aterros sanitários ou, pior, para lixões. Mas, afinal, você sabe qual a diferença entre aterro sanitário e lixão?
LIXÕES
Lixões são espaços a céu aberto onde os resíduos são descartados diretamente no solo, sem qualquer proteção e controle ambiental, não existindo nenhuma consciência quanto aos tipos de resíduos depositados. Eles acabam provocando inúmeros problemas e danos ao meio ambiente, contaminando rios, mares e solo.
ATERROS
Os aterros sanitários são espaços preparados e licenciados para receber o lixo. Os solos são impermeabilizados e possuem sistema de drenagem para o chorume. Na teoria, o solo e os lençóis freáticos são preservados para que a contaminação não aconteça.
De modo geral, os aterros sanitários têm vida curta (cerca de 20 anos) e precisam ser bem preparados e fiscalizados em relação ao lixo que recebem para não haver problemas e contaminação no futuro.
ATERROS CONTROLADOS
Também existem os aterros controlados. Estes são lugares onde o lixo é disposto de forma controlada e os resíduos recebem uma cobertura de solos. No entanto, os aterros controlados não recebem impermeabilização do solo nem sistema de dispersão de gases e de tratamento do chorume, como acontece com os aterros sanitários.
COMO ACONTECE NO BRASIL?
Segundo a ABETRE, cerca de 60% dos municípios brasileiros possuem como destinação final de seus resíduos sólidos os lixões, e os outros 40% se dividem entre aterros sanitários e aterros controlados. Essa discrepância é ainda maior quando comparadas as cidades do norte e do sul do país.
Com base nestes dados que alertam o problema do Brasil na gestão dos resíduos, nasceu a Lei Federal nº 12.305, de 2 de agosto de 2010, instituindo a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). Esta lei procura organizar a forma como o país trata os resíduos sólidos, incentivando sua reciclagem, reutilização e destinação ambientalmente adequada. Ela prevê que todos os rejeitos do país devem ter uma disposição final ambientalmente adequada em quatro anos. Ou seja, determina a desativação dos lixões a céu aberto.
Segundo o Governo Federal e através do Programa Lixão Zero, dos 3.257 lixões existentes, 809 já foram fechados – o que representa 25%. Como medidas iniciais para o encerramento dos lixões, o município realiza o cercamento da área, a drenagem superficial e a cobertura com vegetação apropriada. Após o fechamento, é necessário um planejamento para recuperação da área contaminada.
RESÍDUO ORGÂNICO DEVERIA SER COMPOSTADO
Apesar do aterro sanitário ser uma solução melhor que os lixões, a quantidade de resíduos que levamos até eles ainda é um problema. Todos os anos, o Brasil produz quase 37 milhões de toneladas de lixo orgânico. Esse resíduo tem potencial econômico para virar adubo, gás combustível e até mesmo energia. No entanto, apenas 1% é compostado. Por isso, uma das soluções para o problema complexo dos resíduos gerados, é desviar o material orgânico do aterro sanitário e dos lixões, pois é um resíduo com potencial, assim como os materiais que poderiam ser reciclados.
E SE AS EMBALAGENS DA TERRAW FOREM PARAR NO ATERRO SANITÁRIO?
Quando isso acontece, as embalagens feitas de plantas possuem muitas vantagens e menor impacto ambiental em relação ao plástico, pois elas são 100% biodegradáveis e compostáveis. Mesmo não estando no local ideal, o processo de degradação é mais rápido que o plástico - que leva mais de 400 anos para se decompor - e não interfere diretamente na vida de milhares de seres vivos. Como a embalagem é zero plástico, ela não libera nenhum gás tóxico ou se transforma em microplásticos.
Confere os outros textos do nosso blog aqui para conhecer mais sobre as embalagens e as vantagens em relação ao plástico.
2 comentários
No Brasil assim como em diversas partes do mundo, falta a educaçaõ ambiental, as pessoas não dão importancia ao nosso meio ambiente, não existe vontade de fazer nada pelo planeta, e sim destruir a cada minuto.
Daqui a dez (10) anos o mundo terá o maior de todos os problemas a resolver, o LIXO, de toda natureza, não haverá lugar para essa bomba atômica. E a sociedade fica discutindo politica, mas sem soluções reais ao povo e ao planeta.
Sou Ambientalista, palestrante e Perito Ambiental
vcs arrasam